Estudos e Reflexões

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A LEI, A ESCRAVIDÃO E A GRAÇA


            A LEI, A ESCRAVIDÃO E A GRAÇA




                                      “E daí? Havemos de pecar porque estamos debaixo
                                       da lei, e sim da graça?... Seja do pecado para a
                                        morte ou da obediência para justiça? Mas graças a
                                        Deus porque, outrora escravos do pecado, viestes a
                                        obedecer de coração à forma de doutrina a que
                                        fostes entregues” (Romanos 8:15-17).


Paulo, servo de Nosso Senhor Jesus Cristo (At. 9:18b), inspirado pelo Espírito Santo de Deus, vendo a depravação na cidade de Roma, capital do Império; e conhecedor da impureza que permeava à vida de seus habitantes, e inserido neste contesto não poucos “crentes’, inicia uma ferrenha luta contra o pecado, a fim de alertar os do “caminho” (nome dado aos seguidores de Jesus (At. 19:9; 222:4) a se absterem dos maus costumes que imperava na cidade romana.
Neste tempo Jesus já era assunto aos Céus. Ressuscitado!

“É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanham todo tempo, que o Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós, foi levado as alturas, um destes se torne testemunha conosco da ressurreição” (At. 1:21-22).

Paulo sabia que seria mal entendido perante as autoridades judaizantes; uma vez que ELE “Paulo” antes “Saulo de Tarço” ferrenho defensor da lei mosaica( At.8:3) prendendo e matando muitos, obrigando-os a renegarem a sua fé em Jesus Cristo crucificado, foi alcançado pela graça (At. 9:4-6) na estrada de Damasco, sendo por Jesus mesmo designado ‘Apóstolo dos Gentios’ (At.91-19).
Agora transformado de ‘perseguidor a perseguido’ deveria esclarecer duvidas que paire no coração dos gentios novos convertidos  e judeus que creram no filho de Deus durante sua caminhada na terra.
O primeiro tópico que abordaremos e a LEI, que foi prescrita por Deus ao seu servo Moises no sentido de aplicá-la aos Hebreus quando saíram do Egito.

LEI – A lei é a vontade de Deus revelada aos seres humanos para o julgamento, preceitos, atos etc. (Ex. 16:28; Sl. 119).
No Novo Testamento lemos que Jesus ao explicar aos discípulos sobre a finalidade da lei disse:

“A seguir, Jesus lhes disse; são estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco: importava que se cumprissem tudo o que de mim esta escrito na lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (João 10:34; 12:34).

Ao lermos os DEZ MANDAMENTOS  temos que entender que ele e um resumo da LEI de Deus para com a nossa vida cotidiana (Ex. 20:2-17; Dt. 5:6-21), e Jesus com sua autoridade de FILHO DE DEUS, E DEUS resumiu ainda mais em termos de amor (Mt 22:37-38), e afirma categoricamente que toda a lei depende destes dois mandamentos  (Mt. 22:40).


Quando Jesus disse:  “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim cumprir” (Mateus 5:17).


E as Escrituras afirmam que ELE cumpriu cabalmente a lei cerimonial; enquanto esteve nesta terra, pregou e ensino as escrituras, trazendo boas novas de salvação a todos que nele cresse, entregando-se como libação ao Pai  em favor de muitos, sendo crucificado, e morto pelos nossos pecados.

Jesus em cumprimento da lei, ele foi PROFETA, SACERDOTE e REI, em cumprimento a vontade de Deus Pai.

PROFETA- porque predisse aos seus discípulo que seria morto (Mc.14:8) e ao terceiro dia ressuscitaria (Mateus 17:9), "Sabendo este que o Pai tudo confiará às suas mão, e que ELE vinha de Deus, e voltaria para Deus" (João 13:3), e muitas outras profecias que se cumprem e se cumprirão pelos tempos eterno até a sua segunda vinda a este mundo para julga-lo.   

SACERDOTE- porque a se mesmo se entregou em favor de muitos (João 19:10-11).

REI- porque veio do PAI  e retornou a Ele e se encontra assentado no trono da sua Glória (Mateus 25:31; 22:44).

Jesus, porem não "revogou" a LEI MORAL, nem as cumpriu, uma vez que não tinha e nem teve pecado ( Sl. 51:5), até mesmo em seu nascimento (Mt. 1:18;23), pois a lei moral não  esta  IMPLICITAMENTE  REGISTRADA mas CLARA E OBJETIVA  em Levítico 19:1-37 e  Êxodos 20:1-17 mostrando os ‘NÃO’ que são contra as determinações de Deus.

O segundo tópico que abordaremos e a escravidão, ou sujeição por outrem ou por algo em nossa vida, nosso viver e morrer.

ESCRAVIDÃO – aprisionamento do desejo ou liberdade de alguém.
Quando ouvimos ou pronunciamos a palavra escravo, escravidão, os nossos pensamentos imediatamente se voltam aos tempos idos da escravatura, tempo dos escravagistas nos anos de 1880 quando no dia 08 de maio do mesmo ano foi abolida a escravatura no Brasil.
O escravo era pessoa que não tinha liberdade por estar dominado por outra pessoa; hoje em pleno século XXI a escravatura ainda continua livre (NÃO PELO PRECONCEITO DA COR OU RAÇA), mas de mulheres que são traficadas para serrem objeto de promíscuos homens em seus desejos sexuais libertinos.
Existem também pessoas que são tratadas como escravos em locais onde a lei e esquecida, ou os seus responsáveis compactuam com os escravagistas, em trabalhos subumanos, sem a menor dignidade que merecem um trabalhador; isto vê até em grandes centros comerciais (ex. os chinês que são contrabandeados para trabalha como escravos em nosso país).
As escrituras nos mostram que nos tempos bíblicos havia escravidão em parte entre os Israelitas os quais tinha o direito de resgata-se, comprar sua liberdade (Êx. 21:5; Lv. 25:47-55) e eram tratados com dignidade.
Os principais motivos de se fazer escravo entre os israelitas eram sempre por não poder pagar uma divida contraída (Lv. 25:39); por haver roubado e não poder restituir o rouco que era acrescido do dobro do valor do furto (Êx. 22:2-3); ou por ter nascido de pais escravos (Êx. 21:4), mas com a vida de Jesus ao mundo, este trouxe o alivio a tais pessoas, com a mensagem de amor (Ef. 6:5-9); Gl 3:28).

Mas a escravidão que Paulo trouxe à tona com exposição da Epístola aos Romanos, era muito maior do que o aprisionamento do corpo; esta escravidão que ele se refere e o aprisionamento da alma (Ezequiel 18:20) nos desejos humanos do pecado, cobiça, morte, da inveja, da calunia em fim de toda a LEI  descrita nos DEZ MANDAMENTOS.
Esta escravidão chamada pecado esta arraigado no ser humano de uma forma brutal e inconcebível; ela escraviza para a morte; mas não a morte física pois esta todos nos iremos passar um dia; mas sim para a morte eterna, para o sofrimento eterno,para o fogo inextinguível (Mt.3:12; Lc 12:33), inferno (hades) (Mt 18:8-9; 25:46; Lc 16:19-31; 2 pe 2:4; Ap 20:14)  para a desgraça que é (destituído da presença de Deus; ausência de Deus na eternidade).
Esta maldição foi introduzida no coração do ser humano através dele mesmo em desobediência “NÃO COMERÁS” (Gn 2:17ª) acatando uma mentira em detrimento a verdade  “Então a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis” (Gm 3:4), e a mulher comeu “ Vendo a mulher que a árvore  era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável  para dar  entendimento. Tomou-lhe do fruto comeu e deu também ao marido, e ele comeu”(Gn3:6).
Esta é a única e maior escravidão que não se pode furtar sem o perdão vindo diretamente de Deus ao pecador arrependido.
 (ARREPENDIMENTO - decisão de mudança total de atitude e de vida, em que a pessoa, por ação divina, é levada a reconhecer o seu pecado e a sentir tristeza por ele, decidindo-se a abandoná-lo, baseando sua confiança em Deus, que perdoa (Mt 3:2-8; 2 Co 7:9-10; 2 Pe 3:9) O complemento do arrependimento é a GF, e os dois juntos constituem a CONVERSÃO).

O terceiro e ultimo tópico abordado nos fala a respeito da GRAÇA, a qual tem vários sentidos em nosso idioma.

1º- Favores dispensados ou recebidos, mercê, benefícios, dádiva.
2º- Benevolência,estima, boa vontade.
3º- Ato de clemência do poder público (relativo a presos que recebem indultos da pena).
4º- Beleza, elegância ou atrativo de fama.
5º- Elegância, estilo.
6º- Dito ou ato espirituoso ou engraçado.
7º- O nome de batismo.
8º- Intimidade.

Mas, nenhum destas citações é a GRAÇA que Paulo estava falando aos fiéis em Roma; ele falava sobre a graça salvadora que Jesus Cristo tinha efetivado por seu amor.
A GRAÇA e um FAVOR ou MERCÊ, um ato IMERECIDO de Deus para com a pessoa que se arrependa de seus pecados e os confessa.
GRAÇA  é um DOM ou VIRTUDE especial concedida por Deus como meio da SALVAÇÃO ou SANTIFICAÇÃO.
Jesus Cristo, não merecia o sofrimento que passou em nosso lugar para que fossemos salvos da ira do PAI; no entanto ele veio ao mundo sem pecado (Mt 1:18-25; Lc 2:1-7) e não pecou ( Mt. 4:1-10; Mc. 1:12-13 e Lc 4:1-13) e se ofereceu em morte de cruz depois das barbarias que sofreu para que ‘NÓS’  fôssemos agraciado pelo DOM INEFAVEL DA GRAÇA SALVADORA E RECONCILIADORA COM  DEUS PAI.
Hoje, muitos ainda vivem uma vida em dissolução (Rm 13:13) e ainda que ouvem as narrativas do sacrifício de Jesus ao seu favor, O DESPREZAM , e ABRAÇAM  as impudicícias mundanas dando à costa ao AUTOR E CONSUMADOR DE TODO O ATO DE SALVAÇÃO.

Celso Lanes


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